Os alunos do Ensino Médio do Colégio Anglo, de São João da Boa Vista/SP, nos contam o quanto as aulas da Escola da Inteligência têm proporcionado mudanças em suas vidas, na relação com os colegas e os pais.
“Com a Escola da Inteligência, aprendemos a nos conhecer de verdade e percebo que estou mais tolerante com as pessoas. Tivemos o caso de um colega que, em uma dinâmica em que tínhamos que estabelecer metas para o ano, ele, que estava se sentindo solitário, estipulou como meta ficar vivo até o final do ano. Ao lermos isso, eu e meus amigos ficamos chocados e começamos a perceber que ele não conversava com ninguém, não tinha amigos. O acolhemos e a mudança, em pouco tempo, foi surpreendente: hoje ele se abre mais com a gente, brinca com a gente, chamamos ele de amigo. Ele tinha vergonha da voz, hoje não, fala abertamente com todo mundo, expõe sua opinião. Também aconteceu uma reunião de pais em que eles foram orientados a nos deixar uma mensagem. Meu pai disse, em sua carta, que tem muito orgulho de mim, pois consigo ser melhor do que ele em tudo, nas coisas que acredito, em minha honra. Que queria ter sido como eu quando jovem. Sempre tomei meu pai como exemplo, e ver ele falando isso sobre mim, foi incrível. Ele sempre foi um excelente pai, mas nunca demonstrou o que sente, e eu sempre disse à minha mãe que tinha vontade que meu pai dissesse: ‘Filho, tenho orgulho de você’. E na carta ele demonstrou esse orgulho. Isso me tocou muito, chorei muito, porque sempre quis ouvir isso e finalmente consegui.”
Paulo Pavoleti
“Conseguimos perceber, com as atividades que fazemos em sala de aula nas aulas de Escola da Inteligência que, apesar das diferenças, somos seres humanos e conseguimos sentir a mesma coisa que o outro. Que por mais que não demonstremos, temos a solidariedade e a compaixão dentro de nós. Com as atividades, passamos a ver que todo mundo pensa assim e isso acabou nos unindo, de modo que conseguimos ver que podemos nos ajudar e que juntos podemos ser mais. Sobre a reunião de pais, nos avisaram que caso nossos pais fossem, nós receberíamos uma surpresinha, e foi uma bexiga com recado. O da minha mãe foi muito fofo, ela disse que vai procurar ser mais tolerante, pensar melhor nas coisas e entender que nós, adolescentes, não somos só estudantes, pois temos muitas coisas para pensar. Por fim, acabamos rindo juntas.”
Julia dos Santos Damaglio