Trabalho no Colégio Polo Educacional desde Outubro de 2014, sou o aplicador da Escola da Inteligência há quatro meses, desde que o projeto foi iniciado na escola no primeiro semestre de 2015. Mas minha história com crianças e adolescentes aconteceu antes do projeto.
Sou psicólogo e trabalhei por cinco anos em uma ONG que atende a cerca de 120 crianças e adolescentes em situação de risco, no formato de abrigo, promovendo também o desenvolvimento socioemocional. O trabalho de ensinar a filtrar estímulos estressantes, pensar antes de agir e contemplar o belo é constante e, na maioria das vezes, frustrante, pois naquela situação estas intervenções são remediadoras.
Quando conheci o projeto da EI me encantei com a possibilidade de atuar no fortalecimento da estrutura emocional dos jovens, realizando agora um trabalho preventivo. Nas aulas da EI os alunos têm a oportunidade de aproximarem-se emocionalmente, rompendo barreiras impostas pela chamada “era do vazio virtual”, onde a busca por relacionamentos na Internet distancia os jovens do calor humano e de relacionamentos saudáveis.
Ao apresentar aos alunos os verdadeiros inimigos de uma mente emocionalmente saudável, a EI lhes oferece o caminho para o reconhecimento de seus potenciais para a realização de projetos e sonhos.
Após os primeiros meses com a EI no colégio PoloE, a relação professor/aluno se transformou, a figura austera e autoritária existente no imaginário dos alunos perdeu lugar para a figura facilitadora e companheira. Atualmente os alunos me procuram para falar de dúvidas profissionais às paixões mal resolvidas. Os alunos deixaram a posição de meros espectadores e assumiram um papel de protagonismo, expondo seus pensamentos e questionamentos durante as aulas.
Para levarmos estas reflexões do campo teórico da fofoca para o campo prático, formamos um grupo voltado à realização e organizado de ações sociais na escola e visitas a instituições que cuidam e idosos e crianças. Este grupo, batizado por eles como “PoloE Hope” é formado por vinte alunos de diversas turmas, do 6º ano à 3ª série do ensino médio. As ações são elaboradas e organizadas pelos alunos em encontros semanais e meu papel é atuar como um facilitador. Posso dizer que criamos a versão PoloE dos “Heróis Anônimos”.
Em quatro meses de Escola da Inteligência no colégio, alcançamos muitas conquistas e me animo muito em pensar nos resultados que estão por vir.
Luiz Augusto de Araujo – psicólogo aplicador da Escola da Inteligência no Colégio Polo Educacional – Indaiatuba/SP