O currículo escolar é o grande norteador de todo o processo educacional de uma escola. Confira dicas e aspectos importantes para a sua construção.
A aprendizagem escolar está intrinsecamente vinculada ao currículo, sendo que esse é organizado com o objetivo de orientar as ações dos professores e os diferentes níveis de ensino. Um bom currículo escolar deve considerar os valores que orientam a prática pedagógica, as necessidades e condições dos estudantes e, claro, o cotidiano escolar.
Diversas transformações têm acontecido nas escolas em todo o mundo. Novas metodologias de ensino estão sendo utilizadas graças às inovações tecnológicas que acabam enriquecendo as aulas e tornando o ensino mais produtivo.
Dessa forma, para ajudar você a ficar por dentro dessas novidades, falaremos mais neste post sobre o currículo escolar e cinco principais aspectos que podem ser considerados no momento de sua elaboração. Continue lendo e confira!
1. Analise as novas práticas escolares
As instituições escolares sofrem mudanças devido às constantes evoluções tecnológicas. Por isso, a escola, no momento de criação do currículo, precisa considerar as novas práticas para que ele seja realmente significativo para os estudantes.
Os alunos estão cada vez mais inseridos na era digital e isso pode ser aproveitado dentro de sala de aula, unindo as facilidades que a tecnologia proporciona com os interesses do aluno. O objetivo é sempre o de auxiliar o aprendizado e de tornar as formas de ensino cada vez mais próximas do que o aluno espera.
Tanto educadores quanto estudantes têm procurado informações rápidas e confiáveis. Por isso, é essencial inserir as inovações tecnológicas no currículo escolar, como jogos, redes sociais, aplicativos, entre outras ferramentas de ensino.
2. Leve em conta as necessidades dos alunos
Não adianta planejar um currículo escolar sem levar em consideração necessidades que os alunos apresentem, aliás, o currículo é feito para garantir um aprendizado realmente significativo. É importante frisar que avaliar os estudantes exclusivamente por meio de conceitos ou de notas acaba gerando problemas, visto que a avaliação passa a ser superficial, não analisando, portanto, conhecimentos gerais e habilidades dos discentes.
É fundamental analisar as habilidades que os alunos desenvolvem ao longo das aulas e, principalmente, as necessidades que eles apresentaram para aprender o conteúdo. Também vale ressaltar o quanto é importante estabelecer critérios para formar turmas, já que facilita o processo de ensino-aprendizagem.
Assim, a dinâmica das turmas é favorecida, além de melhorar a qualidade da aprendizagem coletiva. Agrupar os estudantes que apresentam dificuldades de aprendizagem em uma mesma turma, separando-os dos que têm mais facilidade para aprender, pode não ser algo saudável para o desenvolvimento dos próprios alunos e também para o trabalho pedagógico do professor.
Essa é uma maneira de estimular a cooperação e a sociabilização entre os alunos, já que ao realizarem trabalhos em pares ou em grupos, acabam tendo mais responsabilidade. Afinal, os compromissos são divididos entre os alunos, logo, cada um terá que realizar a sua tarefa.
Mas, para que todos os estudantes participem do trabalho em grupo e não sejam apenas coadjuvantes, cabe ao professor optar por atividades desafiadoras que exijam a participação e reflexão de todos. Estabelecer papéis com funções definidas para cada membro do grupo é uma ótima maneira de ter a certeza de que todos vão colaborar.
3. Introduza a tecnologia no ensino
A tecnologia inserida na educação estimula os alunos a aprenderem o conteúdo, oferecendo melhores experiências de aprendizagem a perfis de estudantes diferentes.
Em uma turma com muitos alunos, entender as necessidades de cada um parece ser uma tarefa quase impossível. No entanto, com o uso de ferramentas tecnológicas é possível avaliar os alunos de forma mais prática e rápida, já que a educação será personalizada.
Por exemplo, utilizar avaliações online realizadas em tablets, certamente vai proporcionar uma experiência diferente para os estudantes. É um recurso que agrada tanto os professores — já que poderão avaliar os alunos de forma rápida e prática, quanto os alunos, pois eles sentem um grande interesse e motivação em utilizar as ferramentas tecnológicas que já fazem parte do seu dia a dia. Ou seja, são diversificações das práticas metodológicas que vão transformar positivamente o ambiente educacional.
As novas tecnologias já fazem parte da vida do estudante fora da sala de aula. Portanto, trazê-las para o ensino é uma forma de aumentar o dinamismo nas aulas e aprimorar a qualidade da educação.
Quando o professor consegue fazer um bom uso das ferramentas, principalmente o de aumentar a integração entre o educador e o aluno, incentivando a afetividade e a autonomia, vários benefícios são somados à rotina educativa.
4. Defina padrões
Existem algumas normas em vigor para a organização de um currículo escolar, mas um aspecto positivo é a oportunidade de ter esses padrões existentes como um guia e também poder criar normas diferentes que possam ajudar os alunos a conquistar os seus objetivos.
Sendo assim, os gestores encarregados de organizar o currículo podem estudar todas as normas que já se encontram definidas para as escolas, a fim de verificar se houve alguma mudança e se ela seria um benefício adicional para o currículo.
5. Avalie o desempenho atual e estabeleça metas
As escolas que criam um currículo bem elaborado e atual representam mudança e progressão. Portanto, para que ele continue sendo eficaz, é importante antes de definir novas metas, avaliar o que já vem sendo feito.
Uma avaliação cuidadosa do atual programa vai permitir que haja um bom desenvolvimento da escola em áreas que pedem por mudanças.
Vale lembrar que as medidas unificadoras do MEC (Ministério da Educação) visam garantir apenas determinados conteúdos que são essenciais nas escolas. Portanto, conclui-se que os gestores possuem bastante espaço para acrescentar inovações e diferentes conteúdos em seus currículos.
Alguns desses conteúdos diferenciados podem ser o ensino bilíngue, as matérias eletivas, a educação complementar e a formação da cultura, por exemplo.
Uma grande vantagem de inserir esses conteúdos no currículo é o desenvolvimento cognitivo e emocional, pois eles ampliam a capacidade dos alunos de utilizar o conhecimento adquirido em outros contextos da sua vida, além de favorecer condições para uma aprendizagem mais significativa. É o caso dos grupos de debates, do aprendizado de idiomas, da formação artística, da educação emocional, entre outros.
Não são apenas as habilidades cognitivas (raciocínio lógico, inteligência e capacidade de resolução de problemas) que se desenvolvem, como também as não cognitivas (resiliência, curiosidade, cooperação e sociabilidade). Essas são tão essenciais no sucesso de um ser humano quanto as primeiras.
Por fim, vale lembrar que o currículo escolar não é estático. Portanto, ele continua sendo construído ao longo do período letivo. Torna-se necessário, então, analisar e compreender todo o processo de produção do conhecimento para que ele possa ser modificado de acordo com os interesses, as aptidões e as características culturais dos próprios alunos.
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