Conheça o construtivismo e tire as suas dúvidas neste artigo.
O século XX foi marcado por inúmeras transformações na educação dos jovens brasileiros. As instituições de ensino tiveram acesso a estudiosos do Brasil e do mundo que mostraram um novo olhar sobre a maneira como aprendemos.
Dessa forma, muitas escolas introduziram uma nova proposta pedagógica de ensino à sua prática educativa.
Porém, existe uma linha que ganhou a preferência nas escolas e que ainda causa muitas dúvidas sobre como se dá na prática, o Construtivismo.
No artigo de hoje, nós iremos elucidar um pouco mais sobre este tema. Confira!
O que é o construtivismo?
A base da abordagem construtivista consiste em considerar que há uma construção do conhecimento e que, para que isso aconteça, a educação deverá criar métodos que estimulem essa construção, ou seja, ensinar “aprender a aprender”.
Essa linha pedagógica entende que o aprendizado se dá em conjunto entre professor e aluno, ou seja, o professor é um mediador do conhecimento que os alunos já têm em busca de novos conhecimentos, criando condições para que o aluno vivencie situações e atividades interativas, nas quais ele próprio vai construir os saberes.
Essa proposta é inspirada na obra de Jean Piaget (1896-1980), biólogo e psicólogo suíço que se dedicou a pesquisas relacionadas às formas de aquisição de conhecimento.
A discussão principal de seus estudos é a ideia de que o conhecimento é construído por meio das interações entre sujeitos e o meio.
A linha pedagógica construtivista chegou à América Latina por meio da argentina Emilia Ferreiro, que foi aluna de Jean Piaget na Universidade de Genebra.
Ela escreveu o livro “Psicogênese da Língua Escrita”, em parceria com Ana Teberosky, no qual defende que a aprendizagem se dá através do todo para as partes e que cada criança aprende em seu tempo.
Quais as características de uma escola construtivista?
Agora que já falamos da proposta, é preciso entender como ela funciona na prática. Vamos às características principais!
Salas com menos alunos
Como a proposta construtivista é que o aluno participe ativamente de seu aprendizado, o ideal é trabalhar em salas de aula com menos alunos.
Dessa forma, as experiências e as interações deverão acontecer de maneira a estimular e a facilitar as descobertas e a aprendizagem, além de possibilitar que o professor tenha condições para acompanhar de perto cada aluno, entendendo suas necessidades, contribuindo para a sua formação.
Métodos de avaliação diferenciados
Uma das características inovadoras do construtivismo são as maneiras de avaliação.
As escolas construtivistas não elaboram testes e provas para verificar se o aluno absorveu o conteúdo ensinado, tendo em vista que, como os professores estão acompanhando a aprendizagem continuamente, os testes não são necessários.
No entanto, as escolas aplicam as avaliações diagnósticas, que são instrumentos para que professor entenda as especificidades de interferência e atue para que haja melhor aproveitamento dos seus alunos sobre o que estão aprendendo.
Menor interferência do professor
O professor é entendido como um mediador e motivador das interações entre os alunos e entre eles e o meio. O educador busca criar situações que estimulem a construção do aprendizado.
Além disso, ele entende que cada aluno possui seu processo próprio de aquisição de conhecimento e, por isso, propõe várias formas de aprender um determinado conteúdo.
Sala organizada em círculos
A ideia de que o professor não é um detentor de conhecimento a ser transmitido aos alunos também reflete na organização da sala.
Em vez de um professor na frente e no centro da sala, com mesas e cadeiras viradas para ele, uma sala construtivista é organizada em círculos, o que favorece a interação e a participação dos alunos.
É importante destacar que nas escolas que seguem essa metodologia, há uma maior interação com outros ambientes, bem como com outras turmas.
Qual o papel da família na linha pedagógica construtivista?
Um dos objetivos da proposta construtivista é proporcionar autonomia e senso crítico nos indivíduos.
Sendo assim, as famílias precisam entender que o construtivismo vai fazer ainda mais sentido se a educação dentro de casa não for tão diferente do que acontece nas escolas.
Por exemplo, exigir que a criança aprenda de maneira descontextualizada os números, só irá fazer com que ela fique insegura.
É preciso conhecer e ser presente na escola dos filhos para que possam ficar seguros sobre a educação escolar, bem como sobre a educação familiar.
Para aproximar a escola da família, as instituições que adotam essa linha pedagógica são preocupadas com a participação delas e, além de terem seus espaços abertos para a participação, criam ações que buscam aproximar a família de maneira efetiva para que ambos possam contribuir com a formação dos jovens.
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