Conheça a origem da história da Vitória-Régia e como os professores podem usar a leitura em sala de aula para refletir junto com os alunos, as lições contidas nessa narrativa.
Essas lendas favorecem o contato com a paisagem, com a sabedoria popular e com as diferentes figuras de linguagem. Em sala de aula, as narrativas podem ser exploradas em atividades de literatura, artes e educação musical. Outra sugestão possível está em associar o mito indígena à preservação do meio ambiente. Toda essa mistura cultural é parte do nosso folclore.
O Folclore Brasileiro é rico e considerado um patrimônio cultural e histórico, pois reúne elementos diversos da sabedoria popular e das tradições regionais relativas à alimentação, música, dança, brincadeiras e literatura.
Há em nosso folclore muitos personagens interessantes, que fazem parte do imaginário da sociedade, são frutos da elaboração coletiva e trazem, por isso mesmo, lições importantes para a vida real. O estudo sobre lendas, mitos e crendices populares foi amplamente introduzido nas escolas e auxiliou na construção de uma sociedade cultural enriquecida por essa memória histórica marcada pela herança literária vinda da Europa. Falando nisso, você já ouviu falar da lenda da Vitória-Régia?
Neste artigo, você vai conhecer um pouco mais sobre a origem dessa linda história de encontro, de amor e de transformação, e vai saber como os professores podem usar a leitura em sala de aula para refletir junto com os alunos, as lições contidas nessa narrativa. Acompanhe a leitura!
História e origem da Lenda da Vitória-Régia
A vitória-régia é uma planta aquática, típica da Amazônia, e foi nessa região que nasceu a lenda.. A cultura do Norte é representada por essa história de perseverança da índia guerreira Naiá, nascida e criada em uma aldeia tupi-guarani.
De rara beleza, Naiá encantava a todos por onde passava. Um dia, apaixonou-se pela Luae desejou ir morar com ela no céu. Naiá cresceu ouvindo histórias de seu povo e sabendo que a Lua era um deus que se enamorava das moças mais lindas da aldeia e as transformava em estrelas, Naiá subia as colinas, todos os dias, depois que seu povo dormia, na esperança de ser notada.
Acontece que quanto mais Naiá se envolvia, menos a Lua percebia o seu interesse, e como ser ignorada não estava nos seus planos, passou a perseguir a Lua todas as noites. Sem perceber, o amor de Naiá transformava-se em obsessão.
Em uma de suas muitas noites de clamor, Naiá percebeu que a luz da Lua refletia nas águas do lago, bem perto da colina. Pensando que o senhor do seu coração se banhava ali, tão perto, mergulhou no lago em busca daquele que seria — conforme ela acreditava — responsável por sua felicidade.
Naiá não mais voltou, e o deus Lua, comovido, transformou-a em uma estrela, mas bem diferente daquelas que brilham no céu. A linda índia era agora a Vitória-Régia, a estrela das águas, com suas flores perfumadas que mudam de cor conforme o horário do dia — brancas ao cair da noite e rosadas ao raiar do dia.
Lições que as escolas podem ensinar aos alunos com a lenda da Vitória-Régia
É difícil conhecer a Lenda da Vitória-Régia e não se sentir impactado por tamanha dedicação e amor de alguém por aquilo que acredita ser verdadeiro. A lenda ensina que é importante ter sonhos e ter motivação para persegui-los, mas que há limites a serem considerados.
Sob a forma de contos e lendas, os professores podem eleger temas que sirvam de base para o desenvolvimento socioemocional de seus alunos. Crianças e jovens precisam aprender a lidar com as negativas da vida e compreender que nem sempre o objeto de desejo deve lhes pertencer.
Afinal, as barreiras da conquista e do pertencimento são impostas diariamente na vida do ser humano. Também na escola, são vivenciados diversos momentos que permeiam o universo do desejo e podem desencadear comportamentos impulsivos, ensinando o exercício de controle das emoções.
Mostrar aos alunos que é normal ser falível sem abandonar a vontade de recuperação pode ajudar professores a lidar melhor com o baixo desempenho escolar, com os ciúmes e a monopolização da atenção, além das dores e dúvidas tão características na transição da infância para a juventude.
Em contrapartida, para aqueles alunos com energia intensa e grande capacidade de realização, é preciso mostrar que os excessos e a pressa muitas vezes cegam, imobilizam, induzem ao erro e contribuem para que os resultados sejam bem diferentes daquele inicialmente planejado. As lendas, quando lidas em profundidade podem trazer lições que valem para a vida inteira.
O que você achou deste post sobre a lenda da Vitória-Régia? Não é mesmo uma bela história de amor com muitos elementos para a reflexão? Então, que tal compartilhar este texto nas suas redes sociais e dividir com os amigos?