Saiba qual a importância dos festejos da cultura popular brasileira dentro da escola e seu impacto na vivência da criança.
Fogueira, bandeirolas, chapéus, roupa xadrez e quadrilha. Em muitas escolas, as celebrações da Festa Junina se limitam a esses elementos. No entanto, não raramente, os alunos nem sabem como ou por que essa festividade existe.
É aí que os educadores entram em ação: a Festa Junina e o resgate da cultura brasileira na escola podem e devem andar juntos, e nesse sentido a busca por compreender as tradições por trás de cada elemento torna-se bastante relevante.
Neste artigo, vamos explorar a importância dos festejos da cultura popular brasileira, especialmente a Festa Junina, para a vivência cultural da criança, a valorização da tradição oral e a integração dos estudantes com a comunidade. Continue a leitura e confira!
Importância da vivência cultural para a criança
O Brasil é um país de grande diversidade cultural, e muitas datas são comemoradas conforme a tradição de cada região. Se nas festas nordestinas predominam, por exemplo, o forró, os bonecos mamulengos, a literatura de cordel, a quadrilha e a homenagem aos santos, o interior paulista celebra a colheita da lavoura, o convívio pautado na prosa e na música ao redor da fogueira e a produção artesanal de alimentos típicos da vida camponesa.
A compreensão dessas diferenças pode ser facilitada por meio do conhecimento das origens portuguesas da Festa Junina em nosso país, levando-se em consideração os aspectos históricos e culturais de cada região. As festas podem ser ótimas oportunidades de aprendizado e enriquecimento cultural. Ao ter contato com esses processos, a criança não apenas compreende melhor a origem de alguns elementos presentes nas festas, mas passa apreciar e a valorizar a diversidade cultural brasileira, partindo de um lugar de respeito.
Priorizar a pluralidade cultural é também uma excelente maneira de desconstruir alguns preconceitos em relação à figura do caipira, quase sempre mostrado como um camponês bobo e ingênuo, alvo de piadas e de imitações maldosas.
Uma ideia interessante é separar as turmas em grupos e sugerir que pesquisem sobre as origens e as diferentes maneiras de se celebrar a Festa Junina. Além da internet, é pertinente que os alunos recorram a parentes em busca de histórias que remontem à tradição oral de suas famílias.
Valorização da tradição oral
Tão importante quanto conhecer a história da Festa Junina é entender como ela era celebrada num passado não muito distante. Como era há 15, 30 ou 60 anos? Que recordações os familiares, os avós e os bisavós dos alunos têm dessa festa tão tradicional na cultura brasileira? Que importância essa festa tem para eles?
Esse resgate pode se tornar um exercício instigante, capaz de levar os alunos a compreender mudanças periódicas da sociedade e a entender como algumas tradições perduram e outras se perdem nesse processo.
Além disso, a valorização da tradição oral é uma boa oportunidade para incluir as famílias no cotidiano escolar de seus filhos e promover o aprendizado colaborativo.
Integração com a comunidade
Festas que remontam ao folclore de nosso país têm a vantagem de serem conhecidas e celebradas pela maioria das pessoas. Essa convergência de interesses cria uma aura comum em favor da realização do evento, incentivando a colaboração entre todos para que a celebração seja divertida e proveitosa.
O arraial dentro da escola, assim como outras grandes comemorações, pode servir de pretexto para aproximar alunos e familiares da equipe escolar, e esse estreitamento de vínculos ajuda a consolidar uma integração significativa e favorável ao desenvolvimento socioafetivo dos estudantes.
Quando todos se envolvem para que um objetivo comum seja atingido, nota-se o surgimento de um ambiente de aprendizado e de troca de conhecimento que foge às paredes da sala de aula, ensinando, na prática, o que é viver em sociedade.
Além disso, as crianças têm a chance de desenvolver outras habilidades, como cozinhar, organizar espaços, cooperar com outras pessoas e, até mesmo, enfrentar a timidez.
É importante que a Festa Junina e o resgate da cultura na escola sejam trabalhados como elementos complementares de uma educação baseada na vivência, na valorização da tradição oral e na vontade de integrar os estudantes à comunidade. Assim, as crianças vão crescer sabendo, entre outras coisas, o porquê de se vestirem de xadrez e dançar quadrilha todos os anos, compreendendo o valor dessas tradições.
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