É comum que, durante a graduação, os educadores estudem sobre as fases do desenvolvimento e as formas como o cérebro retém informações, afinal, isso permite a elaboração de estratégias didáticas. Nesse sentido, os conhecimentos das neurociências podem colaborar com a compreensão do processo de aprendizagem, o que amplia os recursos de gestores escolares e professores.
Ao desvendar o funcionamento da mente, fica mais fácil superar os desafios da educação e estimular os estudantes a aprenderem cada vez mais, de maneira prazerosa e motivada. Não se trata de uma fórmula mágica e sim de ferramentas que permitem avaliar as melhores estratégias para alcançar os objetivos do ensino.
Quer saber mais sobre como a neurociência pode contribuir para a educação dos alunos? Continue a leitura e confira.
O que é a neurociência?
A neurociência é o estudo do sistema nervoso, aquele que coordena as ações do organismo. É uma ciência interdisciplinar, que se relaciona com diferentes áreas, como: biologia, psicologia, medicina, química, matemática, engenharia, filosofia etc.
Dessa forma, entre outras funções, a neurociência ajuda a compreender ações complexas como pensamento, decisão, atenção, compreensão, interpretação e cálculo. Assim, pode ser uma excelente maneira de fortalecer o trabalho dos educadores.
Para se tornar um neurocientista, é necessário realizar uma pós-graduação na área. Entretanto, existem muitas fontes de informação seguras sobre os seus conceitos e que podem ajudar as pessoas que pretendem adquirir novos conhecimentos para enriquecer sua prática profissional.
Como ela se relaciona com a educação?
Ao entender como funciona o processo de aprendizagem, os educadores conseguem realizar planejamentos de aulas mais assertivos. Isso porque conhecem as necessidades dos estudantes e os melhores caminhos para oferecerem os estímulos por meio do ensino. Nesse sentido, a neurociência contribui com todos os níveis da educação.
Assim, para que uma pessoa adquira conhecimentos, o cérebro precisa desenvolver três funções principais:
- a memória de trabalho, aquela que guarda e acessa as informações por um curto período;
- o controle inibitório, que resiste às distrações para manter o foco;
- a flexibilidade cognitiva, que é a capacidade de mudar e adequar os pensamentos à situação.
Durante o aprendizado, o cérebro muda sua estrutura física e se torna mais funcional. Dessa forma, novos conhecimentos ajudam a adquirir habilidades para aprender cada vez mais. A função dos educadores é encontrar os melhores estímulos, que conquistem a atenção do estudante e tragam motivação.
Qual a importância da neurociência para as habilidades socioemocionais?
Um dos pontos-chave que a neurociência traz para a educação é que as emoções exercem um papel essencial na aprendizagem. O emocional reforça os caminhos neurais, estimula o raciocínio lógico e desperta a criatividade. Por isso, uma sala de aula que seja mais acolhedora, divertida e afetuosa tende a oferecer uma experiência educacional melhor.
Da mesma forma, as relações interpessoais ajudam a melhorar a aprendizagem, uma vez que as trocas de experiências, o reforço dos vínculos e a conversa com a linguagem do estudante ajudam a fixação dos conteúdos.
Nesse contexto, as habilidades socioemocionais assumem uma posição fundamental, pois têm um impacto direto na aprendizagem, além de tornarem as relações escolares mais saudáveis. Para conseguir bons resultados, é importante que a inteligência socioemocional seja estimulada de forma intencional, a partir metodologias que tenham esse objetivo.
É importante que a escola seja permeada pelo cuidado com as emoções, que envolvem autoconhecimento, autogestão, sociabilidade e tomada de decisão responsável. Para o sucesso da aplicação das neurociências em prol do desenvolvimento socioemocional na escola, é necessário que os educadores conheçam as estratégias e que também adquiram as habilidades estimuladas nos estudantes.
Como aplicar os conhecimentos da neurociência em sala de aula?
Como vimos, a neurociência tem contribuições importantes para a educação e que podem ser exploradas por educadores para melhores resultados. Conheça algumas maneiras de levar isso para a sala de aula.
Estimular os sentidos dos alunos
Percebemos o mundo com o corpo, e receber estímulos aos sentidos é uma boa maneira de melhorar a aprendizagem. Quando isso acontece, muitas redes neurais são ativadas, o que favorece a retenção dos conhecimentos. A recomendação é que não se ofereçam estímulos em excesso.
Dessa forma, recursos sonoros, visuais, táteis, gustativos e olfativos são ótimos para captar melhor a atenção dos estudantes. Variar a apresentação dos conteúdos ajuda a dinamizar a aula e pode também favorecer experiências mais práticas.
Caso a escola conte com estudantes com necessidades especiais que interfiram em algum dos sentidos, é possível contar com a tecnologia para proporcionar uma experiência mais completa ou adaptar as propostas pedagógicas para que todos sejam incluídos.
Organizar a sala de aula estrategicamente
Estamos muito acostumados com a sala de aula com carteiras enfileiradas e voltadas para o quadro. Porém, outras organizações podem encorajar a interação e a sincronia cerebral. Essa é uma estratégia para trazer maior segurança para a participação nas aulas, incentivar a empatia entre os estudantes e tornar a aprendizagem mais dialógica.
Não existe uma disposição padrão para as mesas e cadeiras na sala, porém, uma alternativa que pode trazer bons resultados é a organização em círculo, em que todos se veem enquanto constroem os conhecimentos.
Investir em educação socioemocional
Como mencionamos, a educação socioemocional é um alicerce importante do aprendizado. Além de ser uma grande aliada para melhorar o desenvolvimento dos estudantes, reduzir os conflitos e melhorar as relações, também é uma aposta da BNCC para a educação do século XXI.
Assim, é relevante que a escola adote metodologias que incentivem as habilidades socioemocionais. Uma alternativa é contar com um programa especializado na melhoria dos índices de aprendizagem por meio da educação das emoções, como o Programa Escola da Inteligência.
Portanto, as neurociências podem ser grandes aliadas da escola para superar os desafios comuns e garantir a aprendizagem. Para tornar os resultados ainda melhores, a instituição pode também contar com um programa educacional que apresente ferramentas eficientes na promoção das habilidades desejadas e metodologias baseadas no funcionamento do cérebro.
O Programa Escola da Inteligência ajuda a escola a aproveitar os benefícios da neurociência e das habilidades socioemocionais de forma segura e com acompanhamento dos resultados. Entre em contato e saiba mais.