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Por que a família é importante?Tempo de leitura estimado: 6 min.


Saiba por que a família é tão importante para o desenvolvimento e a formação das crianças e adolescentes. Confira o artigo!

Que a família é a base da sociedade, nós já sabemos. Que ela é alicerce e primeira escola na vida de qualquer ser humano, também. Mas por que a família é tão importante para o desenvolvimento e a formação de crianças e adolescentes?

Preocupar-se com os filhos é algo natural no seio familiar. Pais sonham com as conquistas que eles terão quando adultos, almejam um futuro brilhante e desejam as mais belas vitórias para suas crianças. Criam uma rotina tão ou mais agitada quanto a de grandes executivos, com aulas de idiomas, esportes, artes e outras, para que estejam preparados no futuro para o mercado de trabalho.

Mas será só esse o papel da família? Certamente, não. Ela é a principal responsável pela educação de suas crianças; é o porto seguro que, de forma consciente e inconsciente, transmite valores e crenças que, ao longo do tempo, são absorvidos de acordo com os exemplos de atitudes e comportamentos dos adultos ao seu redor.

Acompanhe a leitura e saiba por que a família exerce papel tão importante na criação dos filhos e quais são os pontos essenciais para promover seu desenvolvimento.

Habilidades essenciais para o futuro

Quais habilidades socioemocionais precisam ser desenvolvidas desde cedo? São as habilidades mais complexas da inteligência, tais como: pensar antes de agir e reagir, colocar-se no lugar do outro (empatia), ser capaz de superar perdas e frustrações e interpretar comportamentos e sentimentos (os próprios e os dos outros).

É muito importante também promover: autoconfiança, autoestima, autocrítica, postura empreendedora, entre outras. Todas essas funções e habilidades são capazes de levar as crianças a desenvolverem relações intra e interpessoais saudáveis, embasadas na ética e na honestidade — sem esperar demais a contrapartida.

Dessa forma, a criança cresce sabendo respeitar as diferentes perspectivas, debater e não impor ideias, resolver conflitos, trabalhar em equipe e tantos outros ensinamentos que contribuirão para que sejam líderes de si mesmas. A seguir, veja alguns dos pontos de atuação mais importantes.

Desenvolvimento cognitivo

É dentro do ambiente familiar que as crianças começam a desenvolver suas habilidades. Por isso, é imprescindível que sejam estimuladas, logo nos primeiros passos, a fortalecer também as funções mais nobres de sua inteligência.

Aspectos como linguagem, raciocínio, capacidade de abstração e de resolução de problemas são fomentados no ambiente familiar. É sabido que, desde o nascimento, o bebê começa a aprender e que essa prática só termina ao fim da vida. O ser humano é curioso, investigativo e apto a absorver informações, mas os primeiros anos de vida são essenciais para impulsionar o desenvolvimento da inteligência.

Inteligência emocional

O melhor caminho para formarmos filhos mais inteligentes emocionalmente é ensiná-los a educar suas emoções quando ainda pequenos, mas nunca é tarde para essa iniciativa. Da mesma forma que nos preocupamos com o bem-estar físico de nossas crianças, é preciso pensar em seu bem-estar emocional, na forma como elas protegem suas emoções e em como se relacionam com o mundo ao seu redor.

É fundamental que as famílias invistam na saúde emocional de seus filhos, contribuindo para a prevenção de depressão, estresse, ansiedade, fobias, agressividade, entre outros transtornos psicológicos.

Para isso, é importante compreender que as crianças precisam vivenciar a sua infância. Elas têm necessidade de inventar, correr riscos, frustrar-se, ter tempo para brincar e se encantar com a vida. O envolvimento da família no desenvolvimento dos filhos é essencial, pois ela é parte insubstituível na vida de qualquer indivíduo. Isso significa poder dedicar mais tempo às nossas crianças: brincar mais com elas, levá-las para um passeio, sair da rotina de modo simples, mas significativo, com o objetivo de demonstrar amor e carinho. Ou seja, a família precisa estar atenta e disponível para favorecer o desenvolvimento físico, intelectual e emocional de seus filhos.

Sociabilização

É comum que a família busque proteger seus filhos de todos e quaisquer riscos; tentem poupar suas crianças de todas as frustrações e as presenteiem em excesso como forma de recompensar momentos de ausência, por exemplo. Sem perceber, os adultos muitas vezes criam um mundo artificial para seus filhos, sem se dar conta de que dessa forma estão impedindo que eles aprendam, verdadeiramente, como é o mundo real.

As famílias têm intenções excelentes para com seus filhos, mas não enxergam que não é preciso idealizar as situações para conseguir educá-los. O processo inclui a educação das emoções a fim de atender a única necessidade realmente importante: formar futuros adultos conscientes, felizes e capazes de conquistar o próprio sucesso.

Desempenho escolar

A família que participa ativamente do processo de aprendizagem das crianças, desde a Educação Infantil, está colaborando para o crescimento e o desenvolvimento escolar, ângulo de fundamental importância na sua formação.

A parceria entre família e educadores resulta em um melhor aproveitamento e desenvolvimento do intelecto infantil. Ao agir de forma contrária — ignorar ou negligenciar a participação na aprendizagem da criança —, a família causa transtornos equivalentes ao abandono moral.

Escolha da carreira

Um importante viés no qual a família exerce muita influência é na escolha da profissão. O momento de escolher o curso superior é decisivo para o sucesso do indivíduo, tanto na sua busca pessoal por felicidade e realização quanto pelo desejo que o jovem tem de contribuir para a melhoria do mundo e da vida em sociedade.

O jovem vê-se, muitas vezes, perdido entre o desejo dos pais de que ele siga a mesma carreira de alguém da família ou a expectativa da sociedade em valorizar determinadas profissões em detrimento de outras.

Por isso, educar os filhos para exercerem determinadas profissões pode ser bastante frustrante para a família ou para o próprio jovem. Isso porque a escolha, embora possa ser orientada por familiares e até amigos ou profissionais, é absolutamente pessoal. Ser filho de advogado, por exemplo, não é condição que obrigue a cursar Direito.

O jovem necessita contar com o apoio da família nesse momento tão decisivo em sua vida. Sem esse apoio, a escolha torna-se um momento de sofrimento e exaustão emocional.

A família é o ambiente em que a criança conhece regras de convivência e se prepara emocionalmente para as adversidades do mundo exterior. Nesse longo processo de aprendizado, há todo um esforço em cuidar, amparar, acolher os filhos para que se sintam seguros quando chegar a hora de deixar o “ninho”.

Resta, portanto, enfatizar que o tempo e o espaço dedicados à criação e à formação das crianças pela família exigem atenção, cuidado e dedicação. Crescendo em um ambiente sadio e estimulante, habilidades essenciais para a autonomia, felicidade e sucesso são desenvolvidas na criança.

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